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Sinal de alerta: porque os jovens estão se automutilando? Descubra as causas e o tratamento adequado


O que é automutilação?
A automutilação (AM) é o ato direto de causar dano ao próprio corpo, envolve agressão sem a intenção de se suicidar e por razões muitas vezes não compreendidas socialmente. A forma de automutilação mais frequente inclui cortar a própria pele, bater em si mesmo, queimar-se e arranhar-se, geralmente a automutilação é uma maneira de expressar e lidar com o sofrimento ou aliviar uma tensão insuportável.
POR:
Crislaine Borborema
09 de Maio de 2019


Relato de caso
Gabriela tinha 13 anos quando tentou se matar pela primeira vez. Ficava triste por não entender o que estava sentindo. Com o tempo, passou a achar que não havia saída. Ela ainda não sabia que sofria de depressão.
— Na época, não tive coragem de falar com meus pais. Não conseguia expressar verbalmente o que estava sentindo. Tive medo.
Em situações de angústia, ela fazia cortes nos braços e nas pernas, como forma de aliviar a dor. Depois de duas tentativas de suicídio, resolveu pedir ajuda e viu que não estava sozinha.
— Cheguei a um ponto em que me deixei ser ajudada. E isso foi crucial para conseguir melhorar — diz, lembrando que “ninguém tem culpa de ter uma doença psicológica, não é algo que a pessoa escolhe ter”.                                         
O relato de Gabriela, hoje com 21 anos, integra a reportagem “Prevenção ao Suicídio — É preciso falar. É possível salvar vidas
O depoimento dela traz a tona alguns questionamentos:
  •         Seria uma busca desenfreada por adrenalina?
  •         Seria por um estranho prazer em sentir dor?
  •         Seria simplesmente para chamar a atenção?
  •         Seria uma prova à família, amigos e sociedade de quem se corta, na tentativa de demonstrar coragem, força e determinação?

Fica notório com o depoimento de Gabriela que a automutilação não é uma questão de brincadeira. Mas quais são as suas verdadeiras causas?
Suas causas são as mais variáveis possíveis, vai desde raiva, culpa, desesperança até baixa autoestima que se manifesta nas dificuldades de conviver com os vários grupos e as relações interpessoais, e até os maus exemplos. Os adolescentes ouvem falar disso e querem experimentar, assim como é comum testar outros comportamentos de risco.
Mas é difícil alguém se cortar só para pertencer a uma turma ou entrar na moda, não são poucos os adolescentes que encontram dificuldades em exteriorizar as suas emoções e pensamentos, muitos jovens tem resistência em falar para os pais sobre seus problemas, e ainda sentem-se inúteis, fracassados, angustiados e frustrados, como alívio da “dor emocional” eles começam praticar a automutilação. 
Como conseguir a ajuda adequada?
É necessário encaminhar o jovem para um profissional fazer as orientações adequadas, não julgue, procure incentivar ao tratamento.
O tratamento envolve ter um psicoterapeuta que vai ajudar nas formas saudáveis de lidar com pensamentos, sentimentos e emoções, para que assim ele melhore sua saúde mental e tenha bem-estar. Entre as linhas mais comuns de tratamento da automutilação, encontra-se a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que busca desenvolver nos pacientes estratégias para modificação de pensamentos negativos e ensina técnicas onde o jovem vai aprender o automonitoramento.


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